O QUE FOI O FUNDEF?
Primeiramente vamos saber o que é o FUNDEF. O Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental ou FUNDEF foi um programa
federal que pretendia estimular a educação e municípios carentes. Assim o
governo repassava uma verba todos os meses para que os estados e municípios
investissem na capacitação e remuneração de professores. Além de poderem fazer investimentos na
infraestrutura das escolas. Esse programa foi criado em 1996 e durou até 2006
quando foi substituído pelo FUNDEB.
O Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica Valorização dos Profissionais foi criado para ter uma duração de 14 anos. A principal diferença entre os dois, além da sigla, é que o FUNDEB repassava dinheiro para toda a educação: desde o ensino infantil até o ensino médio e adulto. Enquanto o programa anterior era apenas para o ensino fundamental.
REPASSE INCORRETO DE VERBAS
Até aí tudo bem. 60% da verba tinha que ser necessariamente
repassada para os professores e o resto poderia ser aplicado de outra forma.
Desde que necessariamente na educação do ensino fundamental.
Mas daí surgiu um problema. Segundo Municípios o repasse
durante o programa foi inferior ao que teria sido acordado. Isso ocorreu por
uma diferença no cálculo do valor a ser repassado. Os municípios alegaram que a
divisão deveria ser feita com base em todos os alunos do país e não apenas os
de seus estados. Assim o valor mínimo por estudante seria único e igual para
todos.
Já o Governo federal, a receita da educação deveria ser
dividida pelo número de alunos matriculados no anterior. O Fundo então
complementaria a diferença entre esse valor mínimo e o que os estados e
municípios poderiam pagar.
Algumas prefeituras, então, resolveram entrar com um
processo contra o Governo Federal pedindo a diferença de repasse de verbas.
Com isso iniciou-se uma batalha jurídica que durou cerca de
10 anos, desde o final do programa até a decisão final.
Em setembro de 2017, o STF entendeu da mesma forma que os
municípios e condenou a União a fazer a indenizar os estados e cidades
prejudicados.
Estima-se que essa diferença seja de mais de 50 Bilhões de
Reais! E será paga em Precatórios já que os valores individuais são muito
altos.
Logo, até mesmo prefeituras e governos estaduais podem
receber Precatórios caso ganhem algum processo contra outra instituição
pública.
Essa decisão do STF se juntou a outras decisões individuais
que alguns municípios já tinham conseguidos nos últimos anos. Com a decisão
final e a expedição do Precatório do FUNDEF tudo estaria certo, não é verdade?
Pior que não. Com isso começou um outro problema. O que
seria feito com esse dinheiro? Municípios entendem que poderiam utilizar a
verba da maneira que bem entendessem, ou que não fossem obrigados a investir
uma fatia fixa na educação.
Surgiram então outros processos, de sindicatos de
professores pedindo que uma parte desse dinheiro fosse repassado aos
professores da época. Outros órgãos alegam que o valor do Precatório deveria
ser totalmente investido em educação. Pois era para isso que a verba do fundo
servia.
Veja os vídeos, Gestores poderão pagar professores com precatórios do extinto FUNDEF, diz deputado – 19/09/18:
Veja o vídeo: Uso de precatórios do Fundef para pagar
professores é tema de debate n Comissão de Fiscalização:
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